terça-feira, 20 de abril de 2010

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?


O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
As pessoas que trabalharam na Agenda 21 escreveram a seguinte frase: "A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar suas próprias necessidades". Ficou confuso com tudo isso? Então calma, vamos por partes. Essa frase toda pode ser resumida em poucas e simples palavras: desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência). Será que dá para fazer isso? Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?

Fonte: Autor Marina Ceccato Mendes

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Instalação do estaleiro preocupa a comunidade


Tendo em vista a preocupação da comunidade com a instalação do Estaleiro em Biguaçu, o Conselho Comunitário Pontal do Jurerê organizou a reunião do dia 19 de abril de 2010, convidando o Instituto Chico Mendes “ICMBio” para apresentar, as informações técnicas e científicas sobre os impactos ambientais que a região sofrerá com este empreendimento. Estiveram presentes também representantes de outras associações, como a de Sambaqui e Jurerê.

Segundo o dirigente do ICMBio, Apoena Figueiroa, a implantação do estaleiro em Biguaçu provocará grandes impactos na Baía Norte de Floripa, bem como as praias vizinhas.

- Destruição do habitat (golfinhos e espécies ameaçadas);
- Biodisponibilização de arsênio;
- Poluição por componentes tóxicos de tintas Anti-incrustantes;
- Derramamento de óleo;
- Aumento de turbidez da água;
- Risco de introdução de espécies exóticas – com a água de lastro;
- Problemas de erosão costeira;
- Prejuízo a maricultura, pesca artesanal;
- Prejuízo ao setor turístico.

Esses foram os principais impactos apresentados, entre outros, pelo ICMBio.

O ICMBio apresentou o Parecer Técnico ao Ministério Público por entender que 3 unidades de conservação serão afetadas.

A comunidade elogiou muito a iniciativa do CCPontal, pois estes encontros são muito importantes, além de dar uma visão mais ampla do empreendimento e do impacto ambiental, proporciona o esclarecimento de dúvidas por intermédio de questões e debates.

Ao findar a apresentação do ICMBio e respondido os questionamentos da comunidade, a presidente do conselho passou a palavra ao srº Paulo Monteiro, diretor de meio ambiente da empresa OSX, que por sua vez apresentou a empresa e disse que o objetivo da empresa é obter as licenças da forma mais transparente possível. Por isso que a empresa vem realizando diversos encontros com as associações comunitárias.

DIÁLOGO COM A COMUNIDADE

No dia 25 de março de 2010 representantes da empresa OSX reuniram-se com a Diretoria do CCPontal, para se fazer um contato prévio e preparatório para realização de uma reunião com a comunidade a fim de debater a instalação do OXS ESTALEIRO – SC, em Biguaçu – Santa Catarina. Entregou vários exemplares do RIMA – Relatório de Impacto Ambiental e pen-drive correspondente com o EIA – RIMA.
No do site do CCPontal (www.guiajurere.com/ccpontal) foi disponibilizado o Relatório de Impacto Ao Meio Ambiente para download.
A reunião com a comunidade, ficou marcada para o dia 06 de abril de 2010.

No dia 06 de abril de 2010, consultores e representantes da OSX apresentaram à comunidade da Praia da Daniela o projeto OSX ESTALEIRO, o qual encontra-se em fase de licenciamento. O empreendimento terá por objetivo a construção de navios e plataformas de petróleo e gás.

É previsto a construção de 6 navios por ano, o que demandará a movimentação de duas barcaças por mês (Navios que transportaram chapa de aço, “matéria prima”, utilizado na fabricação dos navios).
A área do estaleiro abrangerá 1,6 milhões de m² e um canal de acesso marítimo ao local, em função disto se tem previsão de investimento na ordem de 2 bilhões de reais.

“Para permitir o acesso de navios ao estaleiro, será necessária a abertura de um canal através da realização de uma dragagem com cerca de 12,3 km de comprimento, 160 metros de largura e profundidade de 9 metros, o que implica em obras de dragagem de um volume da ordem de 8.750.000 m³”.


O interesse pela implantação do estaleiro em Biguaçu tira partido da facilidade logística e marítima, sendo o acesso terrestre junto à rodovia BR-101, situado a 20 minutos da capital do estado de Santa Cataria - Florianópolis e a 70 km de Itajaí (pólo naval sul).

Do mesmo modo, trata-se de uma grande área, previamente alterada pela ação do homem, que possui todas as condições técnicas para a construção de um estaleiro.

Outros fatores que influenciaram a escolha da região foram a disponibilidade de mão de obra local e os programas de incentivo do governo catarinense para a indústria náutica. Do ponto de vista da geração de empregos, a previsão inicial é de 3.500 empregos diretos na fase de implantação e 4.000 na fase de operação”.

A diretoria do CCPontal ficou exultante com a participação da comunidade, onde foi demonstrada grande preocupação quanto ao impacto ambiental, que poderá sofrer o nosso lindo Pontal com a dragagem do canal.

Disponibilizamos para download no site do CCPontal o RIMA (Relatório de Impacto Ao Meio Ambiente) elaborado pela OSX.

“O Estudo de Impacto Ambiental é necessário para a realização de qualquer obra ou atividade capaz de causar modificação no meio ambiente. É um estudo técnico desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, capaz de avaliar as alterações que um projeto pode causar”.