segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pobreza e meio ambiente



No V Congresso Mundial de Parques da União Internacional para Conservação da Natureza, em 2003, se discutiu muito a articulação entre a conservação da natureza através de áreas protegidas e a redução da pobreza, apontando que não é apenas uma responsabilidade ética, mas uma oportunidade de contribuir para a consolidação da esfera ambiental de desenvolvimento, demonstrando sua importância fundamental para os resultados econômicos e sociais em algumas das regiões mais pobres, mas também com maior diversidade biológica do mundo.
Os grupos sociais normalmente excluídos “não tem presença nos processos decisórios porque não possuem os recursos econômicos, sociais e cognitivos que permitiriam sua participação nas atividades que permeiam processos decisórios em torno de questões ambientais”. (Jacobi, 2005, p. 118)
Há que se considerar a falta de recursos e renda; falta de oportunidades de participação em atividades produtivas capazes de manter a subsistência; falta de voz e capacidade de ação e exclusão dos processos de tomada de decisão, sistemas de governança e recursos legais; vulnerabilidade, entre outros.
Assim, desde o simples ato de informar ou consultar, até o controle cidadão, se discute a promoção da participação.
Esta superação é possível por meio da aquisição individual e coletiva de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento de atitudes necessárias à gestão consciente e responsável dos recursos ambientais. Os processos pedagógicos de formação fortalecem a capacidade crítica e interveniente dos setores tradicionalmente excluídos dos processos decisórios.
Não há como promover bons ambientes sem que sejam disponíveis os meios necessários para todos. É inevitável a diminuição do potencial de possibilidades de alguns para a satisfação de outros.
Somente a “Consciência” sobre esta realidade pode levar-nos a ter uma atitude parcimoniosa com o uso dos meios, a precisar de menos, e que os ricos vivam com menos para que os pobres tenham com o que viver.
Cabe a todos nós e através de nossas instituições, a promoção do bom desempenho ambiental com a distribuição justa da qualidade de vida para todos.

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