Poluição e clima afetam ecossistema marinho, diz relatório da ONU
Lançado no dia 19 de outubro, durante a COP-10 da CDB o livro "Proteção Global dos Oceanos: perspectivas atuais e oportunidades futuras", compilado pela IUCN (Internacional Union for Conservation of Nature), The Nature Conservancy, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA e outros parceiros, avalia a situação global dos oceanos e oferece soluções para suprir as demandas de proteção ambiental dos recursos marinhos. É uma publicação com as melhores visões cientificas e políticas disponíveis hoje, escritas por 30 dos maiores conservacionistas internacionais -- material sólido para estimular governos na criação de áreas protegidas.
Com apenas 1% da extensão global dos oceanos sob a proteção de unidades de conservação, os países estão muito aquém da meta de 10% prometidos para 2010, em comparação com os 13% que alcançaram na terra. Atualmente existem 5.880 áreas marinhas protegidas, a maioria localizada nas regiões costeiras, o que não cobre toda a diversidade de ambientes oceânicos. Para que se atinja um padrão ótimo de conservação marinha, que esteja associado com a produção de alimentos, qualidade de vida e saúde humanas é preciso ter gerenciamento adequado, planejamento espacial e criação de áreas protegidas, como direciona a publicação da IUCN. No entanto, os planos atuais de conservação dos oceanos ainda não são suficientes para garantir sua real proteção.
O relatório global demonstra que os ecossistemas marinhos em todo o mundo estão correndo o risco de sofrer uma grande deterioração nas próximas décadas, pois os oceanos enfrentam crescentes ameaças da poluição, pesca predatória e mudanças climáticas. Ele previu que a fertilidade nos oceanos vai cair em quase todas as regiões do planeta até 2050 e a indústria da pesca será dominada por espécies menores, localizadas mais na base da cadeia alimentar.
As temperaturas da superfície dos oceanos podem subir até 2100 se não forem tomadas providências para diminuir os impactos das mudanças climáticas, afetando recifes de coral e outros organismos marinhos, informou o relatório.
Outra ameaça é o contínuo aumento de níveis de nitrogênio, que pode causar elevação na quantidade de algas e levar ao envenenamento de peixes e outros animais marinhos.
“Serviços multimilionários, inclusive a indústria da pesca, o controle climático e os que sustentam indústrias como o turismo estão sob risco se os impactos ao ambiente marinho continuarem incontrolados e sem diminuição”, afirmou Achim Steiner, chefe do Programa Ambiental da ONU, em comunicado.
Relatórios regionais esboçaram medidas que podem ser adotadas por políticos, com o estudo do Pacífico-Noroeste, que cobre China, Japão, Coreia do Sul e Rússia, pedindo maior controle da água de lastro dos navios e da quantidade de peixes. A água de lastro dos navios pode ser prejudicial aos oceanos por transportar espécies marinhas invasivas para outras regiões, podendo causar um aumento na extinção da vida marinha nativa, informou o relatório global.
Fonte: http://novo.maternatura.org.br/news.php?news=585
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Ecossistema marinho ameaçado
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