domingo, 16 de janeiro de 2011

O VOTO EFICAZ


Primeiramente precisamos estabelecer a diferença entre eficiência e eficácia.
Eficiência é gerar um efeito. Eficácia é gerar um bom resultado.
Quando você escreve para um jornal reclamando de algo você está sendo eficiente.
Quando você participa de alguma associação que vise mudar alguma situação não desejável, você está sendo eficaz.
Muitos eleitores votam como se fossem zumbis. Ao sair da cabine de votação dizem: - Pronto, cumpri com minha obrigação. Depois de algum tempo nem lembram em quem votaram. Não sabem que ali se inicia um processo importante para a nação. Devem se conscientizar que deram um aval para os candidatos que forem eleitos a fazer o que acharem melhor na condução dos poderes legislativo e executivo. O eleitor que vota está sendo eficiente. O eleitor que acompanha os atos do seu candidato e cobra resultados em favor de sua comunidade, seu município ou seu estado está sendo eficaz.
Como estabelecer a correlação direta de seu voto com a situação atual? É uma tarefa educativa que todos os participantes de associações deveriam empreender.
Com 724.682 eleitores, a Grande Florianópolis representa 16% do eleitorado catarinense. Nas últimas eleições para deputados, foi visível a redução da representatividade dos políticos da região. Entre as eleições de 2001 a 2006, a representatividade da região na Assembléia Legislativa caiu de 20% para 12,5%.
O fenômeno de pulverização dos votos é o que resulta em enfraquecimento de uma base social na hora de reivindicar algum direito. A comunidade deve escolher em quem votar, divulgando, para depois poder expressar suas demandas.
A escolha eleitoral, além de ter bases individuais, optando por alguém competente ou honesto, deve abranger a análise das posições políticas, ideológicas e programáticas que seus partidos expressam ou defendem.
Também é necessário ver se o escolhido tem a capacidade de articulação com temas nacionais. O representante de cada região ou estado deve apresentar e defender os respectivos interesses, mas com compreensão da totalidade e com uma visão abrangente e integrada dos problemas nacionais. A administração estatal, as políticas públicas e o planejamento do desenvolvimento requerem a compreensão articulada dos entes federativos, de suas necessidades e demandas.
Portanto, precisamos deixar de exercer uma cidadania imatura, que só reclama e espera que tudo caia do céu, para chegar a uma cidadania que assuma a responsabilidade da mudança para melhor da qualidade de vida de todos, a uma cidadania responsável.

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