16/08/2010 - 18:33
Secretário defende concentração da indústria naval no RJ
Agência Estado
Por Glauber Gonçalves
Rio - A descentralização da indústria naval brasileira pode torná-la menos competitiva internacionalmente, afirmou hoje o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro,Júlio Bueno, ao defender a concentração de investimentos do setor no Estado. "Ficar construindo estaleiro no Rio Grande do Sul e em Pernambuco não vai levar o Brasil a ter umaindústria competitiva. Não me parece que espalhar (os estaleiros) seja o caminho", declarou.
O secretário classificou como positiva para o Rio a dificuldade enfrentada no processo de licenciamento de um estaleiro da OSX em Santa Catarina. Devido aos entraves naquele Estado, a empresa, do grupo de Eike Batista, apresentou o projeto ao órgão ambiental fluminense em junho. "Me parece mais adequado reunir os investimentos da indústria naval em polos de arranjos produtivos em uma determinada região", afirmou Bueno.
Ele avaliou que o setor passa por um importante momento de recuperação no País e disse que o Rio deve aproveitá-lo. "O Rio é um núcleo. Cerca de 50% da indústria naval está aqui", afirmou, em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), na capital fluminense. Ele admitiu que ainda existem problemas de escassez de mão de obra e de fornecimento de energiano Rio, mas disse que estão sendo solucionados pelo governo.
Segundo o secretário, o governo tem recebido reclamações de empresários sobre os custos de se produzir no País. "Eles batem na porta dizendo que os preços são de até três vezes os do exterior", disse. Um dos entraves, na avaliação de Bueno, são os altos preços do aço. "No Rio, zeramos o ICMS na importação do insumo. As diferenças de preço eram de tal ordem que o governador tomou essa decisão", disse.
A posição central que o Estado ocupa para essa indústria também implica dificuldades na retomada do crescimento do setor, afirmou. "Como o epicentro sempre foi o Rio, enfrentamos problemas de massa falida e de grupos empresariais sem musculatura para tocar projetos", disse. Ele destacou o caso do estaleiro Enavi/Renave. "Fica na Baía de Guanabara e os donos não querem operá-lo; querem locá-lo. Isso não dá perspectiva de longo prazo", afirmou.
Rio - A descentralização da indústria naval brasileira pode torná-la menos competitiva internacionalmente, afirmou hoje o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro,Júlio Bueno, ao defender a concentração de investimentos do setor no Estado. "Ficar construindo estaleiro no Rio Grande do Sul e em Pernambuco não vai levar o Brasil a ter umaindústria competitiva. Não me parece que espalhar (os estaleiros) seja o caminho", declarou.
O secretário classificou como positiva para o Rio a dificuldade enfrentada no processo de licenciamento de um estaleiro da OSX em Santa Catarina. Devido aos entraves naquele Estado, a empresa, do grupo de Eike Batista, apresentou o projeto ao órgão ambiental fluminense em junho. "Me parece mais adequado reunir os investimentos da indústria naval em polos de arranjos produtivos em uma determinada região", afirmou Bueno.
Ele avaliou que o setor passa por um importante momento de recuperação no País e disse que o Rio deve aproveitá-lo. "O Rio é um núcleo. Cerca de 50% da indústria naval está aqui", afirmou, em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), na capital fluminense. Ele admitiu que ainda existem problemas de escassez de mão de obra e de fornecimento de energiano Rio, mas disse que estão sendo solucionados pelo governo.
Segundo o secretário, o governo tem recebido reclamações de empresários sobre os custos de se produzir no País. "Eles batem na porta dizendo que os preços são de até três vezes os do exterior", disse. Um dos entraves, na avaliação de Bueno, são os altos preços do aço. "No Rio, zeramos o ICMS na importação do insumo. As diferenças de preço eram de tal ordem que o governador tomou essa decisão", disse.
A posição central que o Estado ocupa para essa indústria também implica dificuldades na retomada do crescimento do setor, afirmou. "Como o epicentro sempre foi o Rio, enfrentamos problemas de massa falida e de grupos empresariais sem musculatura para tocar projetos", disse. Ele destacou o caso do estaleiro Enavi/Renave. "Fica na Baía de Guanabara e os donos não querem operá-lo; querem locá-lo. Isso não dá perspectiva de longo prazo", afirmou.
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