sexta-feira, 25 de março de 2011

Anitápolis presente e futuro



A economia de Anitápolis continua assentada na agricultura, atividade original desenvolvida pelos colonizadores alemães e que é responsável pela subsistência de 80% da população. Está próxima a Rancho Queimado, Alfredo Wagner, Bom Retiro, Águas Mornas, Urubici.
Anitápolis situa-se entre vales e montanhas, numa região de cenários naturais de extrema beleza. Essa topografia acidentada, que dificultou o seu povoamento no passado, é hoje justamente seu maior atrativo. Aventureiros e amantes de esportes de natureza viajam até o lugar a fim de praticar rafting, rappel de cachoeira, trilhas em meio à Mata Atlântica, jeepcross, motocross, montanhismo e passeios ecológicos. A grande diversidade de culturas e a tranqüilidade da cidade completam o quadro de atrações.
Cercada por montanhas e matas, Anitápolis tem excelente clima no verão. Torna-se ainda mais atraente por causa dos muitos rios que cortam o seu território e das inúmeras cachoeiras que descem pelos vales. Destaque para as cachoeiras dos rios Povoamento, da Prata, Maracujá, Branco e do Meio Serrinha, além das trilhas para jeepcross e motocross, especialmente em Bela Vista, Rio Perdido, Maracujá, São Domingos, Ladeia, Serrinha, Santo Antônio, Serra Garganta e Vermelho. Na Serra Geral, a 25km do centro, pode-se praticar montanhismo. A cachoeira mais conhecida da cidade é a Cachoeira da Usina, distante 500m da sede municipal, famosa por ficar próxima da antiga usina hidrelétrica. Transformada em área de lazer, a usina dispõe de lanchonete, com projeto para restaurante. Tem várias formações de piscinas naturais apropriadas para banho.
Colonizada por alemães, Anitápolis guarda na arquitetura das casas a herança cultural dos antepassados. Muitos prédios e casas são em estilo germânico.
Fonte: http://www.anitapolis.sc.gov.br


Local Vila Nova Anitapolis SC.
Assim que a cidade esta sendo tratada.Cidade que esta em os 65 principais destinos indutores do pais, se encontra nessa situacao...
Nas proximas chuvas pode ser que tenhamos outras vitimas.
Talvez as licencas ambientais tenham sido abolidas.

domingo, 20 de março de 2011

O que é permacultura?



Identifica-se permacultura nas pessoas que sonham com paz, harmonia e abundância.
Permacultura é uma tentativa de se criar um Jardim do Éden, organizando a vida de forma a que ela seja abundante para todos, sem prejuízo para o meio ambiente.
Os australianos Bill Mollison e David Holmgren, criadores da Permacultura, cunharam esta palavra nos anos 70 para referenciar “um sistema evolutivo integrado de espécies vegetais e animais perenes úteis ao homem”.
A permacultura oferece as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Alimento saudável, habitação e energia devem ser providos de forma sustentável para criar culturas permanentes.
No centro da atividade do permacultor está o design, tomado como planejamento consciente para tornar possível, entre outras coisas, a utilização da terra sem desperdício ou poluição, a restauração de paisagens degradadas e o consumo mínimo de energia.
Fonte: http://www.permear.org.br/2006/07/14/o-que-e-permacultura/

domingo, 13 de março de 2011

"A criação geme em dores de parto" Rm 8,22


O cartaz possui dois planos. Ao fundo observa-se uma fábrica que solta fumaça, poluindo e degradando o ambiente, deixando o céu plúmbeo, intoxicado e acinzentado.

A figura do rio com a água escurecida e suja representa também a parte natural sendo devastada, influenciando no aparecimento das enchentes e no aumento do nível do mar, ações estas provocadas pelo ato errado do homem.

Em contraste a isso, vemos em primeiro plano uma mureta, onde em meio à devastação ainda existe vida. Nela, um pequeno broto e um cipreste (hera), com suas raízes incrustadas, criando um microecossistema, ainda insistem em viver mesmo diante de um cenário áspero. Sendo, portanto, referência ao lema: "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22).

Apesar de todo o sofrimento que a criação enfrenta ao longo dos tempos, de todos os seus 'gritos de dor' - a vida rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança, representada pela borboleta, que mesmo com uma vida curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do planeta.

Fonte:http://www.portalkairos.net

quarta-feira, 9 de março de 2011

O risco de superpopulação mundial


Le Monde: O risco de superpopulação mundial permanece real

O fantasma da “bomba demográfica” volta a pairar sobre o planeta? Um estudo do Conselho Econômico e Social da ONU, publicado no início de fevereiro, faz um alerta claro: sem um esforço considerável para baixar o número de nascimentos, o cenário otimista de uma população mundial culminando em 9 bilhões de indivíduos por volta de 2050, para em seguida declinar, poderá ser ilusório. Essa hipótese reconfortante, que corresponde a um cenário “médio” de crescimento da população segundo a ONU, foi amplamente imposta nestes últimos anos, acalmando os temores de um planeta sufocado pela superpopulação. A ponto de nos fazer esquecer de que ela não se realizaria sozinha, teme a ONU.

“A redução contínua da fecundidade nos países em desenvolvimento é considerada como certa, muitos responsáveis pelas diretrizes políticas estão convencidos de que a demografia não é mais um tema de preocupação”, observa o demógrafo Thomas Buettner, da divisão da população da ONU. “No entanto, a população mundial poderá se revelar bem mais numerosa que o previsto”. O menor relaxamento na diminuição da taxa de fecundidade terá consequências explosivas, prevê a ONU nesse relatório. Bastará que a fecundidade permaneça 0,5 ponto acima do previsto no cenário médio até 2050 para que a população mundial atinja não mais 9 bilhões, mas sim 10,5 bilhões. Se, em seguida, essa fecundidade permanecer somente 0,25 ponto acima da hipótese média, o mundo terá 14 bilhões de indivíduos em 2100.

Destruição do meio ambiente, urbanização anárquica, deficiência de alimentos e de água… não faltam pesadelos associados a uma população como essa. “É perfeitamente possível alimentar 9 bilhões de seres humanos. Passando disso, torna-se muito complicado”, acredita o demógrafo Henri Leridon, que está concluindo um estudo sobre esse tema para a Academia das Ciências.

Mas para Leridon, essas projeções a longuíssimo prazo têm um interesse limitado: “A mínima variação resulta ou em explosão, ou em extinção. Em vez de nos causar medo, a ONU deveria nos dizer, país por país, se estamos alinhados com a trajetória dos 9 bilhões”. Nesse ponto, o relatório da ONU dá pouco espaço para otimismo: “Mesmo nos países onde a fecundidade já declinou notavelmente, são necessárias reduções suplementares para evitar fortes aumentos de população a longo prazo”.

Má notícia: baixar a taxa de fecundidade até a taxa de substituição da população (2,1 filhos por mulher nos países desenvolvidos e 2,5 nos países onde a mortalidade é mais elevada) não bastará. Mesmo no caso – pouco plausível – em que cada país atingisse o nível de substituição até 2015 para em seguida ali se manter, a população mundial continuaria a subir até 9,1 bilhões em 2050 e depois até 9,9 bilhões em 2100. “O crescimento demográfico tem uma forte inércia: é como um navio-tanque que continua a avançar bem depois que seus motores foram desligados”, explica Buettner.

Segundo a ONU, para garantir um nível sustentável de população, todos os países devem, o mais rápido possível, baixar para uma taxa de fecundidade de 1,85 e ali se manter durante um século antes de retornar ao limiar da substituição. Esse esquema corresponde mais ou menos à evolução seguida pelos países ocidentais. No entanto, ele parece bem ambicioso. “Nada garante que a melhora do planejamento familiar nos países em desenvolvimento continuará; em alguns países, ela está em recuo”, lamenta Buettner. A taxa de fecundidade dos países menos avançados permanece em uma média de 4,29. Uma dezena de países, a maior parte na África, ainda não iniciaram sua transição demográfica. “A Ásia e a América Latina reduziram sua natalidade bem mais rápido do que os demógrafos pensavam”, lembra Gilles Pison, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Estudos Demográficos. Será que a África reserva a mesma surpresa?

A questão é delicada, assombrada pelo temor do controle dos nascimentos. “Trata-se unicamente de oferecer uma livre escolha aos indivíduos”, explica Yves Bergevin, coordenador para a saúde materna e reprodutiva no Fundo de População das Nações Unidas. “Ao oferecer o acesso a serviços de planejamento familiar, uma melhor educação e um reconhecimento dos direitos das mulheres, podemos atingir imensos progressos em somente dez ou vinte anos”.

Estamos longe disso. Em quarenta países, quase um quarto das mulheres não conseguem satisfazer suas necessidades de planejamento familiar. Nos países menos avançados da África, o emprego de métodos modernos de contracepção atinge um máximo de 12%. “A oferta de contracepção é insuficiente, mal organizada, os próprios dirigentes locais encarregados de aplicar esses programas nem sempre estão convencidos de sua validade”, constata Pison.

Acima de tudo, faltam meios. Em dez anos, o auxílio para o planejamento familiar caiu pela metade nos países mais pobres. A ONU faz um apelo para que se retomem esses programas com urgência, com um último argumento, desta vez financeiro: ao evitar nascimentos, cada dólar investido no planejamento familiar acarretaria na economia de US$ 2 a US$ 6 em despesas com saúde, educação ou meio ambiente.

Fonte: http://novo.maternatura.org.br/news.php?news=600

domingo, 6 de março de 2011

Haverá água amanhã?


Carta Escrita no Ano 2070

Ano 2070 acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água.
Creio que me resta pouco tempo.
Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.

Recordo quando tinha 5 anos.
Tudo era muito diferente.
Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins
e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.

Antes todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras.
Agora devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.

Antes o meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira.
Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma.

Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA,
só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais se podia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão
irreversivelmente contaminados ou esgotados.

Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos
por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.

A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo;
tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século
passado porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.

A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela
desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não
tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera, imensos desertos
constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.

As infecções gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias
urinárias são as principais causas de morte.

A indústria está paralisada e o desemprego é dramático.
As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego
e pagam-te com água potável em vez de salário.

Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas.
A comida é 80% sintética.
Pela ressequidade da pele uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.

Os científicos investigam, mas não há solução possível.
Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta
de árvores o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.

Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos,
como consequência há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.

O governo até nos cobra pelo ar que respiramos. 137 m3 por dia por habitante e adulto.
A gente que não pode pagar é retirada das "zonas ventiladas", que estão
dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar,
não são de boa qualidade mas pode-se respirar, a idade média é de 35 anos.

Em alguns países ficam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é
fortemente vigiado pelo exército, a água voltou a ser um tesouro muito
cobiçado mais do que o ouro ou os diamantes.
Aqui em troca, não há arvores porque quase nunca chove,
e quando chega a registrar-se uma precipitação, é de chuva ácida;
as estações do ano têm sido severamente transformadas
pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX.

Advertiam-se que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso.

Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem descrevo o bonito
que eram os bosques, lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar
banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse,
o saudável que era a gente. Ela pergunta-me:
Papá! Porque se acabou a água?

Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de sentir-me culpado,
porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou
simplesmente não tomamos em conta tantos avisos. Agora os nossos filhos
pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será
possível dentro de muito pouco porque a destruição do meio ambiente chegou
a um ponto irreversível.

Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse
isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta terra!

(Documento extraído da revista biográfica "Crônicas de los Tiempos" de Abril de 2002.)