segunda-feira, 10 de maio de 2010

Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc. Paulo Flores é biólogo do ICMBio e estuda os golfinhos sotália há 20 anos.

Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

Paulo Amorim, diretor de Sustentabilidade da OSX. Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

Paulo Amorim, diretor de Sustentabilidade da OSX. Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc. - Continuação

Paulo Amorim, diretor de Sustentabilidade da OSX. Debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

Abertura do debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

Abertura do debate realizado em 06 de maio de 2010 no auditório da ESAG/Udesc.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A OSX Estaleiro será uma boa opção para SC ? Por que ?

Apesar das promessas e objetivos apresentados pelo sr. Eike Batista continuamos preocupados com o futuro da nossa praia. Ao ler a matéria abaixo ficamos mais preocupados ainda...

Veja:

As evidências de alterações físicas na Ilha de Santa Catarina aí relacionadas não são cogitações de ambientalistas. Todas as informações foram copiadas diretamente do site da própria empresa contratada pela OAX, a empreendedora, para os estudos de implantação do OSX – ESTALEIRO DE SANTA CATARINA. E preveem inundações, contaminações e alterações de qualidade do ar, do solo e da água potável e marinha. Destruição de flora e fauna terrestre, aérea e marinha, com consequente eliminação de atividades pesqueiras, maricultura e turismo.

Dessa vez a briga não é só nossa nem temos condições de enfrentá-la sozinhos. Ou nossos companheiros de todo o Brasil chamam a atenção das autoridades e dos organismos federais correspondentes, ou as belezas da Ilha de Santa Catarina serão mais uma recordação fotográfica como as extintas 7 Quedas, o Salto de Sete Quedas submerso por Itaipú.

E então todo brasileiro poderá se lembrar: “como foi linda minha Ilha de Santa Catarina!â€�. Mas então já será a Ilha do Eike Batista.

Confiram:

ALERTA
As ameaças do estabeleiro em Biguaçu.
http://sambaquinarede2.blogspot.com/2010/04/blog-post_16.html

Eike Batista Revela Seus Objetivos Com Santa Catarina

Segundo matéria do Diário Catarinense do dia 29-04-2010, a OSX Estaleiro é um dos projetos que empolgam Eike Batista (pronuncia-se Áique), como ele demonstrou em entrevista exclusiva ao DC, em clima de conversa, no dia 22 de março, logo após a estreia da OSX na Bovespa. A publicação só ocorre nesta data, porque o empresário cumpriu a quarentena de silêncio exigida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que terminou dois dias antes de sua publicação.

Diário Catarinense – O que o senhor pode contar de novidade para Santa Catarina?
Eike Batista – Vamos fundar, em Santa Catarina, o Instituto Tecnológico Naval, o ITN. Como o Brasil não tem tecnologia para fazer navios-sonda e plataformas, a gente fez parceria com os coreanos, que têm 38 anos de experiência. Pelo acordo, durante cinco anos, mais de 50 engenheiros coreanos vão operar posições-chave do estaleiro. Neste prazo, a gente vai absorvendo a tecnologia. Para isso, precisamos de pessoas do instituto lá. A partir de um certo tempo, precisaremos tocar a produção usando a tecnologia mais avançada.

DC – Quais os diferenciais de tecnologia?
Eike – Por que não estamos fazendo o casco? O casco, que é baixa tecnologia, não vai ser feito no estaleiro. Vamos fazer só o high-tech das operações offshore (exploração de petróleo em mar aberto), a parte de alta tecnologia. Dentro dos 30% que são possíveis de comprar no exterior, vamos adquirir o casco fora porque há milhares de cascos. Podemos comprar e fazer a conversão, deixar a zero. O complexo são os módulos de refino, de geração de energia e mesmo a construção das plataformas. Há peças gigantes, há toda uma engenharia para soldar isso. Este estaleiro será mais moderno do que os da Coreia. Para o Brasil, é um negócio inacreditável. O país tem o maior mercado do mundo em offshore. Conforme eu já disse, a OSX será a “Embraer dos mares”. É um avanço espetacular para o Brasil. O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) foi criado, tornou-se um centro de conhecimento e aí surgiu a Embraer. Nós estamos pegando a tecnologia, vamos criar, paralelamente, o ITN e absorver tudo. A partir de um determinado momento, vamos ter a nossa tecnologia.

DC – Vocês já têm ideia do perfil de profissional que o instituto vai formar?
Eike – Como a tecnologia é embarcada e a parte eletrônica é gigantesca, Santa Catarina é o paraíso. O Estado tem polo metalmecânico, de software e de componentes sofisticados. O BNDES está com uma política de industrialização do Brasil, especialmente de tecnologia. Está fomentando para que a GE (General Electric) venha produzir turbinas aqui. O financiamento do BNDES é único no mundo. Nós consumimos 3 milhões de automóveis e não temos montadoras nacionais. Os chineses já têm 12 empresas de automóveis. Por que não temos um automóvel nacional? Os coreanos não tinham nada, hoje têm o carro Hyundai e outros. Se você cita Coreia, tem qualidade. A coreana Samsung passou a Sony. Se você falasse em Coreia 10 anos atrás todo mundo ria, hoje é referência. Se a Samsung passou a Sony, por que a gente não pode passar a Hyundai na indústria naval? O Brasil é maior que a Coreia e tem matérias-primas.

DC – O estaleiro precisa de 5 mil empregados?
Eike – Claro, é um negócio muito grande. Você tem que ver. Na Coreia, são 45 mil funcionários dentro de uma única área. Para se ter ideia, eles têm 18 restaurante lá dentro. Não fazemos puxadinho. Essa palavra é proibida no Grupo EBX (risos). Se a Marinha quiser, podemos fazer um porta-aviões lá dentro do estaleiro, que terá um dique de 450 metros de comprimento por 130 metros de largura. O mais incrível é que quando você vai ver a história da Coreia, os estaleiros nasceram simplesmente com a política do governo de criar empregos. Não sei se vocês viram o programa de TV sobre a internet na Coreia. Hoje, 95% dos usuários ali têm 30 mega de banda larga. A garotada tem grande estrutura para fazer o dever de casa. Se Deus quiser, o governo fará leilão de banda larga no Brasil. Se abrirem o setor, eu estou interessado porque é uma vergonha o que se tem aqui. Você está satisfeita com o seu telefone? É caro. Mas com eficiência no conceito, nunca vi um muro ficar em pé na nossa frente. Por isso geramos tanta riqueza.

DC – Como está a OGX, a companhia petrolífera do grupo?
Eike – Estamos descobrindo petróleo em quantidade maior do que a gente imaginava em águas rasas, com custo baixo. Cada nova descoberta são mais unidades que vamos fabricar no estaleiro. No nosso plano inicial nasce com 52% da eficiência dos coreanos. O que eles fazem lá em 18 meses, a gente planejou fazer em 30 meses. Dizemos que o projeto vai funcionar porque a metade de Santa Catarina é de origem alemã. Eles acham graça, mas o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Estado é alto. Absorver a tecnologia é viável. Com o tempo, nós, brasileiros, somos capazes de atingir isso. A planta do desenho inicial é o segredo da operação, uma linha de montagem de coisas gigantes. Aí está o know-how. Depois, para operar, é só treinar pessoas. Um ano depois, o estaleiro estará rodando.

DC – E as licenças ambientais?
Eike – A responsabilidade é da Fatma. E o Ministério Público tem que questionar mesmo. Estamos fazendo o estaleiro em uma área já degradada. Se não fosse, provavelmente seria impossível. No fundo há uma coisa curiosa. Você quer fazer o melhor estaleiro do mundo, e se fosse numa área não-desmatada, não poderia. É aquela brincadeira que eu fiz para uma jornalista: “Você usa secador de cabelo, telefone? Anda de carro ou anda de bicicleta?” Estamos fazendo o estaleiro mais sofisticado do mundo. O banco só dá o dinheiro se você usar tecnologia. Na Alemanha pode, aqui no Brasil não pode. O que não pode é trazer uma termelétrica velha da República Tcheca ou da Rússia e montar aqui. A mesma coisa é você querer vender um carro sem catalisador. Mas o mundo vai continuar usando combustível fóssil.

DC – Como serão os cuidados do estaleiro da OSX com o meio ambiente?
Eike – O que a empresa sempre tem feito é buscar tudo o que existe de mais moderno no mundo. Muitas empresas optam por uma gambiarra. Mas estamos investindo US$ 1,7 bilhão. Já imaginou que estaleiro vai ser feito aí? Vai ser o melhor estaleiro do mundo. O único lugar do mundo em que pode ser instalado, porque o Brasil é o maior mercado de offshore do mundo. Vai ser tudo zero, um negócio bonito, vamos integrar aquilo ambientalmente.

DC – Por que a EBX escolheu SC?
Eike – Por causa da baía protegida. Os coreanos fizeram uma avaliação e, para eles, também pesou o IDH do Estado. Sabem que ali é possível educar o pessoal para fazer coisa de alta tecnologia. Pergunta se isso seria possível fazer em Angola? Você está a 20 minutos de Florianópolis, tem faculdade. Você não deve colocar um negócio desses na Amazônia.

DC – O dinheiro captado na oferta inicial de ações (IPO) é suficiente?
Eike – Nós precisávamos fazer o IPO da OSX agora porque teríamos que trazer equipamentos. No fundo, o modelo da companhia é tentar levantar todo o dinheiro necessário sem se endividar.

DC – Será preciso pegar dinheiro em banco ou em outra fonte?
Eike – Tem o meu banco, a EBX. Tem ações e tem cash também, tudo criado com projetos que nasceram do zero, de uma maneira única, planejada, com demanda. Muitos investidores, especialmente do exterior, estão vendo que o mercado está crescendo.

DC – Alguns investidores dizem que um dos problemas do negócio é que a OSX vai fornecer para uma empresa do mesmo grupo, a OGX.
Eike – Eles não fizeram o dever de casa para entender o nível de transparência que todas as empresas X têm no mercado. Está estipulado que o contrato dá 15% de margem (lucro da OSX). O estaleiro vai ser o mais eficiente do Brasil. Não há área para produzir equipamentos, todas as empresas vão bater na porta dele. É um negócio nacional, de altíssima qualidade e mais barato.

DC – A sua ascensão na lista da revista Forbes como o oitavo mais rico do mundo (agora quarto em função dos últimos negócios) está gerando muitos pedidos de entrevistas?
Eike – Há mais pedidos de entrevistas, mas eu não atendo. Quanto à formação da riqueza do nosso grupo, a gente faz pesquisas e monta projetos. No caso da OSX é isso. Fizemos pesquisa em toda a costa brasileira para encontrar uma área adequada. Eu estava morrendo de medo porque podia ser que aquele terreno não tivesse sustentação, mas tem. O legal é que é o melhor terreno para instalar um estaleiro do porte do nosso. E quem é o melhor do mundo para ser parceiro nisso? Há dois estaleiros em Cingapura e três na Coreia. O melhor é o da Hyundai, por isso fizemos uma associação com ele. Se não desse certo, não daria para colocar o estaleiro em pé. Se o solo não pudesse suportar guindastes de 2 mil toneladas, não daria para fazer, aí, tchau. Ali é o melhor lugar do Brasil. A gente está num lugar que tem infraestrutura. Tem Florianópolis, a universidade… Além disso, ainda tem encomenda de uma empresa irmã de US$ 30 bilhões (a OGX, com demanda de 48 plataformas).

DC – Onde está aplicada a sua fortuna?
Eike – O dinheiro está no mercado, gerando empregos. Se fosse aplicar esse dinheiro num banco, como você desenvolveria o Brasil? Esse dinheiro vai gerar centenas de milhares de empregos. Exemplo: a OGX vai produzir petróleo no ano que vem. Gera caixa. Na área de geração de energia, estamos construindo 1,4 mil MW (megawatts) em várias usinas termelétricas, que começarão a gerar caixa em meados do ano que vem. O investimento é de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão vai para filtros e sistemas particulados, de controle do meio ambiente. É assim que tem que fazer, é o estado-da-arte. Quanto tempo demorou a construção de Itaipu, 10 anos? E ninguém questiona a geração de caixa daquela “máquina”. E tem muita gente que acha que sem riqueza é possível preservar o meio ambiente. É um negócio que vem junto. A pobreza promove a degradação. O nosso desafio com o estaleiro é gerar mais de 5 mil empregos e, além disso, mais 5 mil nas plataformas, na parte de operação e manutenção.
Isso é Eike
LADO MÍSTICO
- Horóscopo – o homem mais rico do Brasil revela um lado supersticioso. Escorpiano, Eike Batista diz que a astrologia ajuda a explicar o seu caráter “perseverante”.
- Xis da questão – na logomarca das empresas do grupo EBX existe um sol, uma das principais divindades incas, símbolo de poder e liderança. O xis no final dos nomes das companhias é um multiplicador de riqueza.
- Feng shui – Eike é adepto do feng shui, conhecimento chinês segundo o qual a disposição de objetos influi no cotidiano das pessoas. Mandou cravar uma barra de cobre abaixo do restaurante Mr. Lam, que construiu no Rio. Uma medida para espantar más energias. No escritório, em frente à Praia do Flamengo, Ele senta-se voltado para a porta a fim de “aparar as energias (ruins) que vêm de fora”.
- Número da sorte – É o 63, com o qual se sagrou campeão mundial de motonáutica. O número também foi usado pelo empresário para definir os centavos nos lances de sua empresa OGX em leilões de blocos para exploração de petróleo.
Em entrevista à Folha S.Paulo, Eike reuniu algumas das suas filosofias no mundo dos negócios em frases de efeito.

Lema nos negócios
IR AONDE NINGUÉM VAI

Dica de gestão
ESSE NEGÓCIO DE QUE O OLHO DO DONO ENGORDA O BOI. É ISSO AÍ

Qualidade de empresário
ENXERGAR ALGO QUE O CARA QUE ESTÁ ME VENDENDO NÃO ENXERGOU. ELE NÃO SABE TRANSFORMAR
AQUILO NO QUE EU VOU TRANSFORMAR

Para prosperar
NÃO SE CASE CEDO; VÁ PARA ÁREAS DE FRONTEIRAS
- O estilista Sérgio K. lançou uma edição limitada de camisetas “In Eike We Trust” para comemorar a presença do empresário entre os 10 maiores bilionários do mundo. Elas podem ser compradas por R$ 140 na loja do estilista, na Rua Oscar Freire, endereço da grifes em São Paulo.
(Por Estella Benetti, DC, 29/04/2010)

Fonte: Diário Catarinense – www.diario.com.br
Data: 29/04/2010

Fonte
http://deolhonailha.wordpress.com/2010/04/29/eike-batista-revela-os-planos-osx-estaleiro-biguacu-para-grande-florianopolis/

MPF/SC pede informações da Fatma sobre estaleiro de Eike Batista

"Sai daqui, seu istepô! Vai istrovar pra outro lado!"
Isso ainda vai da coisa, até o Ministério Público Federal em Santa Catarina ta preocupado... Agora tu imagina então nós que moramos aqui do ladinho...

Conforme análise do ICMBio, empreendimento é inviável

O Ministério Público Federal em Santa Catarina (MPF/SC) requisitou à Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) informações sobre as providências que o órgão ambiental tomará diante do parecer do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/SC), que se posicionou contrário à implantação do estaleiro da empresa OSX, do empresário Eike Batista, em Biguaçu.

O ICMBio encaminhou à Fatma sua análise sobre o estudo de impacto ambiental (EIA) apresentado pelo empreendedor, concluindo que os danos ao meio ambiente provocados pelo empreendimento seriam permanentes e irreversíveis, além de não poderem ser atenuados por medidas mitigatórias e de compensação ambiental, o que inviabiliza por completo a instalação do estaleiro.

Conforme o documento do ICMBio, os impactos ambientais afetariam as áreas abrangidas pela Estação Ecológica de Carijós (ESEC Carijós), pela Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim (APA do Anhatomirim) e pela Reserva Biológica Marinha do Arvoredo (REBIO Arvoredo), além de oferecerem riscos à fauna silvestre ameaçada de extinção e às atividades de pesca, extrativismo e maricultura no âmbito da APA do Anhatomirim e da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé (Resex Pirajubaé).

Dentre os possíveis danos apontados pelo órgão ambiental federal, está o risco de contaminação da água marinha por derrame de óleo oriundo de acidentes com embarcações na região da APA do Anhatomirim, atingindo inclusive costões e áreas de praia.

Além disso, as ações de dragagem e deposição de sedimentos em obras como as da bacia de evolução e do berço de atracação do estaleiro alterariam a qualidade da água marinha, perturbando os mamíferos aquáticos, como os golfinhos, e afugentando e provocando a mortalidade da fauna aquática, bem como interfeririam nas áreas de maricultura, levando à realocação dos cultivos.

Outro problema apontado pelo ICMBio seria a erosão costeira, provocada pela alteração na altura das ondas, o que geraria danos a ecossistemas como estuários e manguezais que integram a área da Estação Ecológica de Carijós.

O procurador da República Eduardo Barragan deu prazo de cinco dias para que a Fatma encaminhe as informações requisitadas, bem como cópia dos procedimentos instaurados no órgão ambiental sobre o empreendimento.


Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em Santa Catarina
Fone: (48) 2107-2466
E-mail: ascom@prsc.mpf.gov.br

Fonte:

http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_meio-ambiente-e-patrimonio-cultural/mpf-sc-pede-informacoes-da-fatma-sobre-estaleiro-de-eike-batista/?searchterm=eike

MPF/SC quer que Ibama assuma licenciamento ambiental de estaleiro em Biguaçu

MPF/SC quer que Ibama assuma licenciamento ambiental de estaleiro em Biguaçu

Recomendação foi encaminhada aos empreendedores, à Fatma, ao Ibama e ao ICMBio

O Ministério Público Federal em Santa Catarina (MFP/SC) encaminhou recomendação à Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para que considere, em 20 dias, inválidas e ineficazes quaisquer licenças ambientais concedidas ao empreendimento OSX Estaleiro-SC. Além disso, a autarquia estadual deverá determinar a paralisação de todas as atividades, obras ou trabalhos que estejam eventualmente em curso. Outro pedido da recomendação é para que o Ibama, também em 20 dias, assuma, com exclusividade, a competência pelo procedimento administrativo de licenciamento ambiental do respectivo empreendimento.

Encaminhada pelo procurador da República Eduardo Barragan, a recomendação quer que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) suspenda toda e qualquer participação no procedimento administrativo de licenciamento ambiental do empreendimento, especialmente no que se refere à análise de seu estudo e relatório de impacto ambiental (EIA-Rima). O ICMBio deverá, ainda, exigir dos empreendedores e da Fatma, como um dos requisitos indispensáveis à obtenção de autorização, que o procedimento licenciatório seja assumido e executado, com exclusividade, pelo Ibama, com o consequente afastamento da Fatma. O MPF quer também que os empreendedores renunciem, em 20 dias, formalmente ao prosseguimento do atual procedimento licenciatório no âmbito da Fatma, e protocolem novo pedido de licenciamento do empreendimento no Ibama. Para tanto, deverão, ainda, suspender todas as atividades, obras ou trabalhos relativos ao empreendimento que estejam em curso.

O procurador Barragan determinou, ainda, aos destinatários da recomendação que, em dez dias, prestem informações, acompanhadas de sua respectiva fundamentação jurídica, sobre todas as medidas adotadas para o integral atendimento da presente recomendação.

O MPF acompanha o processo de licenciamento ambiental do empreendimento desde o ano passado, quando instaurou procedimento administrativo. Conforme os dados levantados, o OSX Estaleiro-SC, da empresa BN5 Participações, pertencente ao Grupo EBX Investimentos, consiste, em princípio, na construção de estaleiro naval em área de aproximadamente 121 hectares, na localidade de Tijuquinhas, Baía de São Miguel, no município de Biguaçu, que fica a cerca de 17 quilômetros da capital catarinense. O empreendimento se dedicará, entre outras coisas, à construção de navios específicos para a atividade de pesquisa e extração de petróleo.

O MPF requer, por fim, que os empreendedores e o Ibama ouçam, além dos diferentes órgãos do poder público, todos aqueles que poderão vir a ser afetados pelo empreendimento, tais como comunidades tradicionais, povos indígenas e a sociedade civil dos municípios afetados para que se manifestem sobre o projeto do estaleiro e sobre os impactos que serão gerados com o empreendimento.

Informe do Ministério Público Federal em Santa Catarina (MFP/SC), publicado pelo EcoDebate, 03/03/2010

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate

Fonte:
http://www.ecodebate.com.br/2010/03/03/mpfsc-quer-que-ibama-assuma-licenciamento-ambiental-de-estaleiro-em-biguacu/

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vixe Maria e Meu Padinho Padississo já foi até lançado o primeiro dossiê contra Eike, tu sabias disso?

Tu não sabias disso, mais tu ta muito mal informado eim...


O primeiro dossiê contra Eike (Isto é dinheiro - www.istoedinheiro.com.br )

Às vésperas de se tornar o homem mais rico do Brasil, Eike Batista é acusado de desmatar e explorar os donos das terras de sua mineradora. Será esse o ônus do sucesso? Por LEONARDO ATTUCH

EIKE BATISTA ESTÁ prestes a se tornar o homem mais rico do Brasil. Até o fim de junho, quando for concluído o lançamento de ações da OGX, sua empresa de petróleo, ele terá uma fortuna pessoal superior a US$ 15 bilhões. Para assegurar o sucesso do IPO, Eike passou os últimos dias fora do País com sua equipe, fazendo o road-show da empresa. Se a oferta inicial sair no preço máximo anunciado ao mercado na terça-feira 27, a OGX poderá captar até R$ 7 bilhões para os primeiros investimentos. Mas, enquanto Eike “vendia” o projeto a investidores de Londres e Nova York, um pequeno grupo de garimpeiros do Amapá começava a se organizar contra ele. São posseiros das terras onde Eike desenvolveu o projeto de outra empresa: a mineradora MMX, que foi vendida recentemente para a Anglo American por cerca de R$ 5,5 bilhões. Com a ajuda de um empresário que atua na região, chamado Adelino Novak, fez-se um dossiê contra Eike, acusando-o de promover o desmatamento ilegal na região e de não cumprir o que foi acertado com os posseiros. “Ele pode ser o homem mais rico do Brasil, mas está tomando pirulito de criança nas terras do Amapá”, disse Novak à DINHEIRO.

Em síntese, a acusação contra Eike diz respeito aos contratos de permissão de uso dos imóveis rurais para pesquisa e lavra mineral. A área da MMX no Amapá ocupa uma área de pouco mais de mil hectares, onde havia 25 posseiros – o nome técnico, no mundo da mineração, é superficiários. Pelos contratos, assinados em fevereiro de 2007, cada um deles recebeu R$ 1,2 mil por hectare a título de indenização. Além disso, a renda dessas famílias viria com a venda da madeira que seria cortada. “Hoje, eles nem nos deixam chegar perto da MMX”, diz o posseiro Raimundo Gemaque Picanço, que tem 100 hectares dentro do projeto. Ele faz parte de um grupo de 11 superficiários que contratou Adelino Novak para gerenciar a venda e a comercialização da madeira. “A madeira é dos posseiros e eles estão cortando para uso deles, fabricando dormentes para os trilhos da MMX”, acusa Novak.

Todas as acusações são refutadas pela empresa, que ainda é ligada ao empresário Eike Batista, mas está em fase de transição para a Anglo American. Em função desse detalhe, Eike preferiu não se pronunciar. Mas a Anglo indicou o executivo Sérgio Santiago, responsável pela área jurídica no Amapá, para rebater as acusações. “No fundo, há interesses pesados de grupos madeireiros, que tentam aliciar os superficiários”, diz ele. Na região da MMX, estima-se que a quantidade de madeira seria próxima a 200 mil metros cúbicos, o que valeria cerca de R$ 17 milhões. “Não podemos sair cortando madeira sem nenhum critério ambiental”, completa. Santiago diz ainda que a MMX já estuda entrar com ações judiciais contra Novak, alegando ser vítima de extorsão. “Ele tem interesse nesse negócio e quer agora nos intimidar.”

Novak, por sua vez, garante estar pronto para a guerra. “Eu já sabia que seria essa a reação deles e estou buscando aliados locais”, diz ele. Um deles é o deputado estadual Moisés Souza, do PSC. “Eles ergueram uma gigantesca fortuna sobre a miséria da população local”, disse à DINHEIRO o parlamentar, que estuda levar as denúncias de Novak e dos posseiros aos procuradores do Ministério Público. Novak também acusa a MMX de não ter respeitado uma norma do Departamento Nacional de Produção Mineral, que obrigaria as mineradoras a destinar parte da lavra aos superficiários. Fontes do DNPM, no entanto, garantem que os contratos são soberanos e devem ser validados pelas comarcas locais.

Sérgio Santiago, responsável jurídico da MMX, diz que a empresa foi além disso. “Assumimos compromissos bem acima do que a lei exige”, diz ele, lembrando ainda que houve a anuência da Comissão Pastoral da Terra nos contratos. Sua interpretação para o problema enfrentado pela MMX no Amapá teria relação com o desempenho empresarial nos últimos anos de Eike, que é hoje o homem de negócios mais comentado do Brasil. “Como sempre acontece com pessoas bem-sucedidas, vez por outra surgem figuras inescrupulosas, que montam dossiês e tentam ganhar algum dinheiro com acusações falsas e levianas”, diz ele. “É o ônus do sucesso.” Vendo tudo de longe, Eike prefere se concentrar no IPO da sua OGX.

Fonte:
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/2633_O+PRIMEIRO+DOSSIE+CONTRA+EIKE

Òi ói´òi, taix tolo taix, exti RAPAXI, o tal de EIKE BATISTA é pirigoso mesmo.

AN AN AN, MOFAS COM A POMBA NA BALAIA OOO, DESTE JEITE ATÉ O BOI TATA AVOA, TU NÃO TAIX VENDO NÃO ISTÊPO, O RAPAZ É ACUSADO VÁRIAS VEZES POR ESSE TAL DE MP (Ministério Público) Vai sabe agora néw...

Veja mais essa matéria

MPF acusa empresa de Eike Batista de destruir sítio arqueológico
quinta-feira, 15 de março de 2007
MPF acusa empresa de Eike Batista de destruir sítio arqueológico

Da Folha do Amapá Online

"O Ministério Público Federal (MPF) no Amapá decidiu instaurar inquérito civil público e a autuação das peças de informação, para acompanhar o processo de instalação da sociedade MMX Amapá Mineração Ltda. de propriedade do empresário Eike Batista.

Segundo a portaria de instauração do inquérito a empresa seria responsável pela destruição parcial de um sítio arqueológico durante o processo de instalação da mina no município de Pedra Branca do Amapari. A MMX também estaria se utilizando gratuitamente da madeira extraída da Floresta Amazônica, sem a apresentação de contrapartida específica para tanto.

A empresa de Eike Batista estaria extraindo madeira em área pertencente à União e a destruição de quase 40% de um sítio arqueológico existente na localidade teria sido detectada através de laudo elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

O Ministério Público requer ainda à MMX o envio de cópia do Eia/Rima, que o Incra informe a área de instalação da mina pertencente a União e ao Ibama que realize inspeção na área a fim de medir o volume de floresta abatida.

A portaria de instauração do inquérito está publicada no Diário de Justiça do dia 9 de março e é assinada pelos procuradores federais Fernando José Aguiar e Rodrigo Luiz Berbardo Santos.

No Amapá o empresário Eike Batista tem como principal aliado o senador José Sarney (PMDB). Recentemente o senador defendeu junto ao presidente Lula um pedido para que o presidente da Bolívia, Evo Morales, libere os equipamentos de uma siderúrgica presos naquele país. O governo da boliviano suspendeu a instalação da empresa em razão dos danos ambientais que seriam gerados. Segundo a imprensa nacional a empresa siderúrgica de Eike Batista viria para o Amapá com o apoio do senador."


Postado por Alcinéa Cavalcante às 5:19 PM

Fonte:
http://alcinea-cavalcante.blogspot.com/2007/03/mpf-acusa-empresa-de-eike-batista-de.html

Eike Batista, qual seu objetivo real com a bela Santa Catarina? Você saberia responder?

A cada dia que passa, tomamos conhecimentos de coisas que nos deixam duvidosos quanto ao objetivo real de Eike Batista em Santa Catarina...

Vejam esta matéria

Eike Batista destrói o Aterro

Elio Gaspari fez um Raio X, sobre o dono da letra: Eike Batista.
Para vocês entenderem como Eike consegue esses privilégios, como o que Gaspari relata hoje, basta dizer que ele é atualmente um dos melhores – senão o melhor amigo de Sergio Cabral. O governador acompanhou uma viagem de Eike a China, e levou com ele uma comitiva de mais de 15 pessoas, todos viajando, comendo e se hospedando por conta do governo do Rio.
Durante a semana que passou por lá, Sergio Cabral serviu de avalista de Eike junto aos chineses. Só que a principal parceira que o empresário buscava em Pequim, não era para o Rio de Janeiro, mas sim para Santa Catarina. E Cabral sabia disso.
O contribuinte que paga seus impostos no Rio, foi quem arcou com essa gracinha do governador. Em compensação, Mister X será, nas eleições de outubro, o principal e mais portentoso cabo eleitoral de Sergio Cabral.
Vejam a tramóia que Eike conseguiu implantar no Aterro, com o apoio das chamadas autoridades constituídas, sem que o Ministério Público faça absolutamente nada para impedir um absurdo dessa ordem.
O artigo de Gaspari:
“No final do ano passado, o empresário Eike Batista, que gosta de botar um X no final dos nomes de suas empresas, comprou a concessão da marina do Aterro do Flamengo e prometeu melhorá-la, informando que respeitaria as normas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Como se trata de área tombada, tem mais é que respeitar. Podia-se supor que Batista apresentasse ao público um projeto arquitetônico para uma obra simples, harmoniosa, com a lembrança do objetivo daquele pedaço de maravilha: atender a quem tem barco mas não tem dinheiro para ser sócio do Iate Clube. Como disse o doutor: “Adoro o conceito americano de você ter que devolver tudo para a sociedade.” Infelizmente, começou a acontecer justo o contrário. Eike Batista quer tomar para si algo que pertence à sociedade: 100 mil metros quadrados do Aterro. Um projeto temporário, para uma competição náutica de março, prevê a construção de uma arquibancada VIP (chô, choldra), lojas e restaurantes. O mafuá funcionará durante três semanas e será desmontado. Nada impede que ainda neste ano ele reapareça.
Nessas, e em ocasiões semelhantes, quem quiser entrar na área da marina terá que comprar ingresso.
Suprema humilhação para o carioca: pagar para pisar num pedaço de chão do Aterro.
Eike Batista já é dono do Hotel Glória, que fica em frente. Ele pode anexar a marina de forma elegante.
Os seus hóspedes usarão o Parque com o conforto que o hotel lhes ofereça, mas ele não pode ser uma extensão do Glória à custa do lazer e do movimento de quem já pagou pelo Aterro.
Desde que a audácia do governador Carlos Lacerda e a obstinação de Lota Macedo Soares criaram o Parque do Flamengo, todos os espertalhões da política da cidade procuraram bicá-lo. Há anos a marina sofre a degradação de um regime de mafuá. Em 2006 tentaram impor aos cariocas uma monstruosa garagem de barcos. Foi derrubada pela Justiça. (A privataria de 1997 anunciava um empreendimento com shopping center, restaurantes, clube e, sobretudo, um centro de convenções, um Riocentro no Aterro.) O Parque, como a praia, é o pulmão social do Rio. Grátis como o ar e bonito como uma tarde de maio, ele ajuda a fazer do Rio o Rio. Santa Lota blindou-o e em 1965 conseguiu o seu tombamento. Nada pode ser construído ali sem a licença do Iphan e o respeito ao espírito do tombamento.
Em 2006, os privatas alegavam que a obra era essencial para as provas náuticas do Pan e para o prestígio internacional do Rio. Era mentira. Felizmente o Ministério Público defendeu o patrimônio da Viúva e desmascarou a patranha. Agora, a EBX diz que tem pressa. Se tem pressa, o problema é só dela. A montagem e desmontagem de mafuás é um truque vulgar. Projeto arquitetônico? Nada. Concurso público, como se fez com o Museu da Imagem e do Som? Nada. Até agora, o que se conhece é uma pífia montagem de divulgação da vila temporária da EBX. Ela ilustra um conjunto de estruturas que está mais para Buchenwald do que para Baía de Guanabara.
Caso o grupo dos X esteja em busca de novos negócios no ramo da privataria de bens culturais, aqui vai uma ideia: TajX Mall, uma marina, com lojas e restaurantes na margem esquerda do Rio Yamuna, com um acesso para os XClients pelos fundos do Taj Mahal”.
Fonte:
http://youpode.com.br/blog/alguemmedisse/2010/02/10/eike-batista-destroi-o-aterro/

Eike Batista, O Mister-X, é denunciado por poluir o Pantanal

O SOS Daniela tem por objetivo, e exclusivamente, preservar a Praia da Daniela e por isso busca trazer informações de que o Estaleiro de Biguaçu pode SIM, prejudicar, poluir e por que não... ACABAR com esse nosoparaíso.

Leiam...

O Milionário da hora a que custo?: Eike Batista, apontado como oitavo homem mais rico do mundo, é denunciado por poluir o Pantanal


Eike Batista (foto), apontado neste momento econômico como o oitavo homem mais rico do mundo, segundo a revista americana Forbes e filho do ex-ministro Eliezer Batista, foi denunciado por poluir o Pantanal mato-grossense, um dos biomas mais sensíveis do planeta terra. A denúncia é do Ministério Público Federal (MPF) contra a siderúrgica MMX, pertencente a Eike Batista. Além da MMX, mais duas empresas que atuam no estado por produção e comercialização irregulares de carvão foram incluídas na denúncia.

A MMX é acusada de comprar carvão vegetal produzido com desmatamento de árvores nativas. O carvão, adquirido de fornecedor não licenciado, vinha do município de Bonito, na entrada do Pantanal, onde a exploração de madeira para esse fim é proibida.

De acordo com o MPF, a empresa também foi flagrada recebendo 25 documentos de origem florestal (DOF) falsos de uma empresa envolvida em um esquema de fraudes do sistema eletrônico de controle de produtos florestais, informa a Agência Brasil.

As empresas Black Comércio de Carvão Vegetal e HF Agropecuária também foram denunciadas pela extração de madeira nativa para produção de carvão. Segundo a investigação, as duas empresas retiraram madeira de uma área equivalente a mais de mil campos de futebol do interior da Terra Indígena Kadiwéu, na região de Corumbá, também no Pantanal sul matogrossense.

Na denúncia contra a MMX, o MPF pede que a empresa responda por crime ambiental por deixar de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental, por operar em desacordo com licença ambiental concedida e por desobedecer um auto de infração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Black Comércio de Carvão Vegetal e a HF Agropecuária Ltda deverão responder criminalmente pelo corte e transformação de madeira de lei em carvão. Além de multa, a lei prevê reclusão de um a dois anos. Olhar Direto
Postado por José San Martín Caminã Neto às 04:51

Fonte:
http://brasildacorrupcao.blogspot.com/2010/03/milionario-que-custo-eike-batista.html
terça-feira, 23 de março de 2010

ESTALEIRO OSX – BIGUAÇU: O PORQUÊ DA POLÊMICA

O estaleiro que a OSX, empresa do bilionário Eike Batista, pretende construir em Biguaçu, na Grande Florianópolis, é parte de um investimento estimado em R$ 2,5 bilhões, que deve gerar mais de 5 mil empregos diretos na região. Mas não é uma unanimidade.
O processo de licença ambiental conduzido pela Fatma ganhou um ingrediente extra nesta semana. Um parecer técnico do

Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que rejeitou solenemente o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) apresentado pela empresa, na qual a OSX apresenta medidas para reverter possíveis efeitos negativos do empreendimento.

A autarquia federal diz que o problema não é o estaleiro em si, mas o local escolhido para o projeto. A região é circundada por três unidades de conservação gerenciadas pelo ICMBio, onde vivem animais que só nascem naquele ambiente ou estão ameaçados de extinção e poderiam sofrer consequências.

O instituto cita como exemplo a Baía dos Golfinhos, onde vive a espécie Sotalia guianensis, que está na rota dos navios.

Também o risco de o canal necessário para a passagem das embarcações mudar o hábitat dos botos, ou afastá-los da região. A água de lastro, trazida nos tanques de navios com origem em portos distantes para manter a estabilidade da embarcação descarregada, pode conter espécies exóticas, que tomariam o lugar de outras nativas. Isso tudo além de afetar o turismo e a maricultura, principais atividades econômicas da região.

A OSX está impedida de se pronunciar por estar no chamado período de silêncio depois de ter estreado as suas ações na Bovespa. A seguir, motivos que levaram o parecer técnico do ICMBio a considerar o projeto do estaleiro OSX inviável como está.



Fonte: Matéria veiculada no Diário Catarinense de domingo, 11/04/2010
http://www.brummer.com.br/direito-ambiental/estaleiro-osx-biguacu-o-porque-da-polemica/

FIQUE LIGADO A NATUREZA VAI SIM SER PREJUDICADA

Na terça-feira, dia 27 de abril de 2010 foi publicado a seguinte matéria sobre o ESTALEIRO OSX - BIGUAÇU...

A Discussão ou a ausência dela a respeito do empreendimento que o grupo OSX deseja implantar em Santa Catarina, no Município de Biguaçu, não ocorreu, ou melhor, o que se tem percebido na imprensa é apenas boas notícias, quantos empregos, quanto se arrecada, mas ninguém ainda tocou no assunto: quem teve acesso ao Estudo Prévio de Impacto Ambiental, a não ser o órgão estadual, leia-se FATMA, o empreendedor por óbvio?
Isto porque desde janeiro, precisamente dias 07 e 11, vem se tentando acesso ao estudo, que é ou ao menos deveria ser público, mas, infelizmente não se obtém. E isso pode gerar uma série de teorias conspiratórias.
Sabe-se que o Código Estadual do Meio Ambiente aprovado no Estado de Santa Catarina, em 13 de abril de 2009, traz no seu artigo o seguinte:

Art. 36. O licenciamento ordinário será efetuado por meio da emissão de Licença Ambiental Prévia - LAP, Licença Ambiental de Instalação - LAI e Licença Ambiental de Operação - LAO.

§ 1º O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para cada modalidade de licença (LAP, LAI e LAO) em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, desde que observados o seguinte

I - para a concessão da Licença Ambiental Prévia - LAP, o prazo máximo de 3 (três) meses a contar do protocolo do requerimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 4 (quatro) meses.
Isso significa dizer que se contarmos da data do protocolo dia 23/ 25 de dezembro de 2009, o prazo para concessão da Licença Prévia Ambiental-LAP estaria em trâmite, no seu segundo mês, e pelo menos em tese, sem qualquer contestação e ou análise por parte da sociedade, quiçá, findo prazo, poderia vir a ser deferida, o que seria uma temeridade.
Contudo, nos dia 07 e 11 de janeiro, cujos protocolos não foram atendidos, se requereu perante a FATMA, não apenas a republicação do Edital, mas a disponibilidade do estudo prévio, a suspensão do prazo de análise enquanto não atendido ambos requerimentos e a realização de audiências públicas nos cinco municípios que encontram-se abrangidos dentro da Área de Influência Direta( Biguaçu, Florianopolis, São José, Governador Celso Ramos e Tijucas).
Contudo face a ausência de posicionamento e considerando que prossegue a análise foi formalizada ainda uma consulta a Superintendência do Ibama SC a fim de definir a competência para licenciar atividades em zona costeira, e encaminhado ao Ministério Público Federal material similar que possibilitou a instauração do P.A para apurar todos os fatos narrados.
Cabe ainda ressaltar que entre a data do protocolo do EPIA/RIMA estaleiro OSX na FATMA e a elaboração deste, duas Resoluçõess Conama( 420/09 e 417/09) entraram em vigor o que obrigatoriamente demonstra que o estudo deveria ter sido modificado, contudo, embora alertada desse fato, ainda não se obteve posicionamento. Além de haver indicios da existencia na região do Flamingo Andino, e talvez ai, relacionada a questão da Covenção de Ramsar, da qual o Brasil é signatário.
Talvez por isso, em razão da não resposta e da indisponibilização de um documento que pela sua importância deveria ter seu acesso livre independente de requisição formal, é que torna-se necessário a adoção de algumas providências, inicialmente administrativas e em não obtendo o resultado que se espera a adoção de outras, apenas para ver cumprido um único fim: ver respeitado o direito à informação ambiental.
É por essa e outras razões que empreendimentos e processos de licenciamento são paralisados representando desgaste na imagem do empreendedor, prejuízos financeiros a investidores e quebra da credibilidade dos órgãos de licenciamento/fiscalização. Um inércia, coloca tudo a perder. Talvez seja por isso, pela falta de transparência em algumas ações, pela exacerbação da competência no licenciamento, pela pressa, movida as vezes e talvez, pelo exercício da pressão políticas, que muitas da licenças expedidas pelo órgão ambiental do Estado de Santa Catarina estão sendo revistos/ anulados em especial pela Justiça Federal.
Não se pretende aqui ser generalista, ou levantar qualquer tipo de acusação/ suspeição, apenas se faz um mero alerta àqueles que residam em Santa Catarina em que mais uma atividade, que pode sim ser vantajosa e importante ao Estado, não se nega. Contudo, para que se tenha certeza e possa de fato emitir um juízo de valor, o mínimo é que se possa antes ter acesso ao Estudo, do contrário, paira sim a incerteza e a desconfiança no empreendimento, e nesse caso, pagar para ver, é um sério risco, ainda mais quando, interesses políticos podem estar transitando nessa seara. Por fim, além do Estaleiro, na área de expansão haverá ou não uma futura Refinaria ou uma Termoelética a Gás, ou isso faz parte das teorias conspiratórias? Aguardaremos ansiosos o desenrolar e todas as respostas.
Eduardo Bastos Moreira Lima
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FONTE : biólogo Jorge Albuquerque, http://montanhaviva.blogspot.com
http://antesqueanaturezamorra.blogspot.com/2010/04/estaleiro-osx-biguacu.html

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BIGUAÇU TAMBÉM INSTAURA INQUÉRITO CIVIL PARA INVESTIGAR IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DO ESTALEIRO OSX

Na data de 07/04/2010, a 2ª Promotoria de Justiça de Biguaçu, através de seu promotor Dr. Aurélio Giacomelli da Silva, instaurou inquérito civil (n. 01.2010.002016-0) destinado a apurar o impacto ambiental da construção do Estaleiro OSX em Biguaçu.

Inicialmente foram encaminhados ofícios à FATMA, ao IBAMA, ao Instituto Chico Mendes e ao Ministério Público Federal, para coleta de informações e documentos sobre o empreendimento.

Fonte: http://bigua02.wordpress.com/2010/04/07/estaleiro-osx/