quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vixe Maria e Meu Padinho Padississo já foi até lançado o primeiro dossiê contra Eike, tu sabias disso?

Tu não sabias disso, mais tu ta muito mal informado eim...


O primeiro dossiê contra Eike (Isto é dinheiro - www.istoedinheiro.com.br )

Às vésperas de se tornar o homem mais rico do Brasil, Eike Batista é acusado de desmatar e explorar os donos das terras de sua mineradora. Será esse o ônus do sucesso? Por LEONARDO ATTUCH

EIKE BATISTA ESTÁ prestes a se tornar o homem mais rico do Brasil. Até o fim de junho, quando for concluído o lançamento de ações da OGX, sua empresa de petróleo, ele terá uma fortuna pessoal superior a US$ 15 bilhões. Para assegurar o sucesso do IPO, Eike passou os últimos dias fora do País com sua equipe, fazendo o road-show da empresa. Se a oferta inicial sair no preço máximo anunciado ao mercado na terça-feira 27, a OGX poderá captar até R$ 7 bilhões para os primeiros investimentos. Mas, enquanto Eike “vendia” o projeto a investidores de Londres e Nova York, um pequeno grupo de garimpeiros do Amapá começava a se organizar contra ele. São posseiros das terras onde Eike desenvolveu o projeto de outra empresa: a mineradora MMX, que foi vendida recentemente para a Anglo American por cerca de R$ 5,5 bilhões. Com a ajuda de um empresário que atua na região, chamado Adelino Novak, fez-se um dossiê contra Eike, acusando-o de promover o desmatamento ilegal na região e de não cumprir o que foi acertado com os posseiros. “Ele pode ser o homem mais rico do Brasil, mas está tomando pirulito de criança nas terras do Amapá”, disse Novak à DINHEIRO.

Em síntese, a acusação contra Eike diz respeito aos contratos de permissão de uso dos imóveis rurais para pesquisa e lavra mineral. A área da MMX no Amapá ocupa uma área de pouco mais de mil hectares, onde havia 25 posseiros – o nome técnico, no mundo da mineração, é superficiários. Pelos contratos, assinados em fevereiro de 2007, cada um deles recebeu R$ 1,2 mil por hectare a título de indenização. Além disso, a renda dessas famílias viria com a venda da madeira que seria cortada. “Hoje, eles nem nos deixam chegar perto da MMX”, diz o posseiro Raimundo Gemaque Picanço, que tem 100 hectares dentro do projeto. Ele faz parte de um grupo de 11 superficiários que contratou Adelino Novak para gerenciar a venda e a comercialização da madeira. “A madeira é dos posseiros e eles estão cortando para uso deles, fabricando dormentes para os trilhos da MMX”, acusa Novak.

Todas as acusações são refutadas pela empresa, que ainda é ligada ao empresário Eike Batista, mas está em fase de transição para a Anglo American. Em função desse detalhe, Eike preferiu não se pronunciar. Mas a Anglo indicou o executivo Sérgio Santiago, responsável pela área jurídica no Amapá, para rebater as acusações. “No fundo, há interesses pesados de grupos madeireiros, que tentam aliciar os superficiários”, diz ele. Na região da MMX, estima-se que a quantidade de madeira seria próxima a 200 mil metros cúbicos, o que valeria cerca de R$ 17 milhões. “Não podemos sair cortando madeira sem nenhum critério ambiental”, completa. Santiago diz ainda que a MMX já estuda entrar com ações judiciais contra Novak, alegando ser vítima de extorsão. “Ele tem interesse nesse negócio e quer agora nos intimidar.”

Novak, por sua vez, garante estar pronto para a guerra. “Eu já sabia que seria essa a reação deles e estou buscando aliados locais”, diz ele. Um deles é o deputado estadual Moisés Souza, do PSC. “Eles ergueram uma gigantesca fortuna sobre a miséria da população local”, disse à DINHEIRO o parlamentar, que estuda levar as denúncias de Novak e dos posseiros aos procuradores do Ministério Público. Novak também acusa a MMX de não ter respeitado uma norma do Departamento Nacional de Produção Mineral, que obrigaria as mineradoras a destinar parte da lavra aos superficiários. Fontes do DNPM, no entanto, garantem que os contratos são soberanos e devem ser validados pelas comarcas locais.

Sérgio Santiago, responsável jurídico da MMX, diz que a empresa foi além disso. “Assumimos compromissos bem acima do que a lei exige”, diz ele, lembrando ainda que houve a anuência da Comissão Pastoral da Terra nos contratos. Sua interpretação para o problema enfrentado pela MMX no Amapá teria relação com o desempenho empresarial nos últimos anos de Eike, que é hoje o homem de negócios mais comentado do Brasil. “Como sempre acontece com pessoas bem-sucedidas, vez por outra surgem figuras inescrupulosas, que montam dossiês e tentam ganhar algum dinheiro com acusações falsas e levianas”, diz ele. “É o ônus do sucesso.” Vendo tudo de longe, Eike prefere se concentrar no IPO da sua OGX.

Fonte:
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/2633_O+PRIMEIRO+DOSSIE+CONTRA+EIKE

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