quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Poder para os jovens

OS JOVENS NO PODER

O processo de formação dos jovens deve girar em torno dos elementos que lhes dão capacidade para agir sem conflitos entre a consciência e o comportamento.
Sobretudo na adolescência deve ser examinado o sistema de valores, normas e signos.
Nenhuma sociedade pode sobreviver sem estes três elementos.
Diante da evolução da tecnologia e do pensamento estes reguladores do fato social devem ser analisados criticamente em cada nova geração.
Nisto consiste a autonomia e a liberdade.
Cada geração tem o direito de reelaborar suas leis, suas crenças e seus códigos de comunicação.

A juventude é mais atitude que idade cronológica.
Todos os renovadores, psicologicamente, são adolescentes que brincam com a ordem constituída, tanto assim que se colocam em pontos estratégicos em que não se tenham de comprometer com a manutenção desta ordem.
O jovem é a abelhinha pentagonal.
A abelhinha queria mudar a forma tradicional de fazer os favos (hexagonal): o animal não critica nem projeta para o futuro.
O adolescente é que é a verdadeira abelhinha pentagonal: não está comprometido com a estrutura, podendo ser ludicamente criativo e crítico.
O comportamento da abelha é programado, o do adolescente é operatório.

O Poder é fundamentalmente conservador, de vez que é esta a sua função.
Se a juventude subisse ao Poder, subverteria o conceito histórico de ordem, criando uma “sociedade crítica” em que a mudança fosse o fator de estabilidade.
Como pode a gerontocracia (governo dos velhos) controlar a rebeldia da juventude?
Se a juventude conseguisse organizar-se em classe tomaria o poder por simples plebiscito.
Temos hoje um fortalecimento de gerontocracia contra a maré montante das várias faixas de juventude, abrindo-se um fosso que não é preenchido pela classe madura, que seria a ponte de ligação entre a gerontocracia e a juventude.
A juventude tem à disposição toda a informação que tradicionalmente era privilégio dos adultos. Os jovens têm a condição de assumir a nova tecnologia.
Mesmo sem escolaridade sistemática, qualquer jovem pode educar-se através da internet, tornando-se superior aos pais em informação.
Sabendo-se que informação é poder, a juventude informada torna-se poderosa.
Enquanto os adultos trabalham ou repousam, os jovens vão ao cinema, lêem livros e revistas, assistem à televisão, excursionam navegam na internet.
Devemos descobrir a forma de engajamento dos jovens no Poder. Assim haverá dentro da sociedade um PODER CRÍTICO que transformará o panorama social pela introdução da ludicidade na estrutura do comportamento adulto.
É tempo de os encarregados da ordem constituída deixar de serem tão trágicos e lúgubres para com as atitudes críticas e lúdicas.
Se aos jovens fosse dada a co-gestão da sociedade eles tornariam a revolução, a ludicidade e a renovação permanentes.
O que os jovens querem é dirigir o mundo:
Por que não permitir?
ELES FARIAM UM MUNDO MAIS ALEGRE E MAIS IMPREVISÍVEL...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Revolta do Estaleiro

Vídeo da manifestação que o coletivo GEABio ( Grupo de Educação e Estudos Ambientais do CCB/UFSC) organizou contra o estaleiro da OSX durante a última sepex ( Semama do Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC).




Fonte: YouTube

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Brasil é campeão de conservação da biodiversidade

15 / 12 / 2010Brasil é campeão de conservação da biodiversidade, diz ministra
CLIPPING

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou nesta terça-feira (14) o avanço do Brasil, na última década, para conservar a biodiversidade. “Vamos consolidar esses dez anos de iniciativa que colocaram o Brasil, internacionalmente, como o país que mais fez pela conservação da biodiversidade. O Brasil é um país campeão de conservação da biodiversidade”, disse, durante evento em comemoração aos dez anos do Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza.

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Braulio Dias, afirmou que o principal avanço do sistema, que busca estabelecer normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação do país, é a ampliação. “Hoje ele cobre 17% do território e é um dos maiores sistemas de unidades de conservação ou áreas protegidas no mundo inteiro. Nós dobramos as áreas protegidas da Amazônia brasileira e isso foi o maior avanço no mundo inteiro em termos de criação de áreas protegidas”, destacou.

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a quantidade de áreas protegidas dobrou na última década, passando de 38 milhões para 77 milhões de hectares.

O secretário disse ainda que o governo tem dado ênfase à criação de comitês e de planos de ação ou de manejo. “Agora o desafio é muito grande, porque não é só criar. Nós temos que regularizar as terras, fazer planos de ação ou de manejo, criar comitês envolvendo todos os atores locais – os representantes das comunidades, de universidades, de prefeituras, de organizações da sociedade civil –, para fazer a gestão dessas unidades”.

Para o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, as parcerias entre o governo e organizações não governamentais podem potencializar as ações de proteção das áreas ambientais. “Precisamos dar continuidade aos processos que já foram estabelecidos e ‘dar mais pernas’ ao instituto, para que ele possa ter uma capacidade grande de construir parcerias, porque sozinhos, nós seremos sempre insuficientes”, destacou Mello. (Fonte: Agência Brasil)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/12/15/64034-brasil-e-campeao-de-conservacao-da-biodiversidade-diz-ministra.html

sábado, 11 de dezembro de 2010

Responsabilidade Social Empresarial

O que é Responsabilidade Social Empresarial (RSE)?

Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é a maneira ética e transparente da empresa de conduzir as suas metas visando o
desenvolvimento sustentável da sociedade,
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras,
respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais.

As enormes carências e desigualdades existentes no país, aliadas às deficiências crônicas do Estado no atendimento das demandas sociais, conferem maior relevância à responsabilidade social empresarial.

Qual a importância das empresas para a sociedade?

As empresas são importantes agentes de promoção do desenvolvimento econômico e do avanço tecnológico que está transformando rapidamente o planeta numa aldeia global.

Com a crescente interdependência de todos, o bem-estar da humanidade depende cada vez mais de uma ação cooperativa local, regional, nacional e internacional.

É fundamental que exista uma consciência global que engaje todos num processo de desenvolvimento que tenha como meta a preservação do meio ambiente e do patrimônio cultural, a promoção dos direitos humanos e a construção de uma sociedade economicamente próspera e socialmente justa.

A participação do setor empresarial – por sua capacidade criadora, seus recursos e sua liderança – é crucial. Os diversos setores da sociedade estão redefinindo seus papéis.

As empresas, adotando um comportamento socialmente responsável, são poderosas agentes de mudança para, juntamente com os Estados e a sociedade civil, construir um mundo melhor.

Qual a importância da RSE para as empresas?

Ao adicionar às suas competências básicas um comportamento ético e socialmente responsável, as empresas adquirem o respeito das pessoas e das comunidades que são atingidas por suas atividades e gratificadas com o reconhecimento e o engajamento de seus colaboradores e a preferência dos consumidores.
A responsabilidade social está se tornando cada vez mais fator de sucesso empresarial, o que cria novas perspectivas para a construção de um mundo economicamente mais próspero e
socialmente mais justo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Lixo zero - Lei de Resíduos Sólidos no Brasil

Estudiosos da questão do lixo Zero debatem mudanças da nova Lei de Resíduos Sólidos no Brasil


A mudança de atitude dos brasileiros com a implantação da nova Lei de Resíduos Sólidos foi um dos temas de grande relevância debatidos durante a 7ª Conferência Internacional Lixo Zero que ocorreu em Florianópolis entre os dias 28 e 29 de outubro de 2010, no Sesc Cacupé.
“Com a Lei, o Brasil passará a ter um ambiente de segurança jurídica em que será possível fiscalizar e punir os abusos e crimes ambientais”, explica o consultor ambiental da implementação da nova Lei de Resíduos Sólidos no Brasil, Walfrido Assunção Ataíde. Ele participou como palestrante na Conferência enfocando: “Só os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento poderão ser depositados”, conta o consultor.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em agosto deste ano. A partir de agora, existem regras para o recolhimento de embalagens usadas, incentivando a indústria da reciclagem e proibindo os "lixões" a céu aberto, além de importação de qualquer tipo de resíduo.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a nova lei é um importante passo em direção à destinação adequada, ao tratamento e à reciclagem dos resíduos sólidos que chegam a 150 mil toneladas por dia.
Lula avalia a Lei como “uma revolução em termos ambientais” e destaca: "Seu maior mérito é a inclusão de trabalhadores e trabalhadoras que foram esquecidos e maltratados pelo poder publico”.
Para o presidente do Instituto Lixo Zero no Brasil e engenheiro sanitarista, Kalil Graef Salim, entre os pontos destacados pelo palestrante, um dos mais importantes é a obrigatoriedade da coleta seletiva nos municípios e a erradicação dos lixões, que devem ser transformados em aterro sanitário (com os devidos tratamentos) num prazo máximo de quatro anos. “Esse aspecto é de suma importância para o desenvolvimento de uma política de conscientização”, conclui Kalil.
Assunção falou ainda sobre a importância da responsabilidade compartilhada sobre o ciclo de vida dos produtos, onde governo, indústria, comércio e cidadãos devem ser responsáveis pelo destino dos materiais, cada um em uma etapa.
Outro aspecto destacado por ele, foi a criação de um Sistema Nacional de Informação de Resíduos, com dados disponíveis, ao acesso de todos, através da internet. “Todo gerador de resíduos terá que autodeclarar – como acontece no Imposto de Renda – que tipo de resíduo e a quantidade que produz. Só assim poderemos ter um inventário nacional da gestão de resíduos”.
A nova política
A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê incentivos para a indústria da reciclagem e cooperativas de catadores de material. Determina ainda que a gestão dos resíduos será de responsabilidade de todos: governo federal, estados, municípios, empresas e sociedade.
Com os "lixões" estão proibidos, as prefeituras deverão construir aterros sanitários ambientalmente adequados, sem possibilidade de reaproveitamento. O governo federal só repassará recursos para limpeza e manejo de resíduos para as prefeituras com um plano de gestão aprovado.
Além disso, a nova lei estabelece que fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores recolham as embalagens de produtos, como agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos, por meio de um mecanismo chamado de "logística reversa".

Fonte: Boletim do Instituto Lixo Zero do Brasil

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O primeiro desafio de Dilma

O primeiro desafio de Dilma

Por Fabián Echegaray*

Português/Español

Clarín

Brasil continuará no radar da política internacional depois de que Lula deixe a presidência. Com a chegada da primeira mulher presidente surge também o desafio sobre como a grande potência regional concilia prosperidade econômica com bem-estar social e responsabilidade ambiental.

Durante anos Brasil fugiu do dilema entre crescimento material, qualidade de vida e preservação ambiental apostando só no primeiro. Desigualdades sociais, desemprego, a necessidade de gerar divisas e impostos justificaram essa eleição sem que pairassem dúvidas por um desenvolvimentismo sem maior atenção ao custo social e ambiental.

No entanto, o contexto que se aproxima tem mudado drasticamente. De um lado, a candidatura presidencial do Partido Verde obteve um inédito 20% dos votos, convertendo-se no fiel da balança. Do outro lado, a pobreza no Brasil caiu, mas a delinqüência não parou de subir; o PIB cresceu como nunca antes, mas a vida nas cidades tornou-se um pesadelo, dominada pela imobilidade do transporte, condições climáticas catastrófica e o nulo investimento em serviços de saneamento básico e higiene pública. Por último, o desmatamento, a virada de cara a uma economia baseada no petróleo e a aposta agressiva no agrobusiness colocaram de novo o Brasil como um dos vilões do debate ambiental, justo no momento no qual os grandes eventos internacionais que marcarão a presidência de Dilma exigirão do país uma aposta transparente e efetiva no desenvolvimento sustentável.

Esse conflito entre desenvolvimento sustentável e expansão a qualquer custo foi ilustrado pela polêmica sobre a construção de um mega-estaleiro naval para petroleiros frente a um dos destinos preferidos pelos argentinos, Florianópolis. Depois de um ano de embates, a denúncia e a mobilização da comunidade científica, associações comunitárias, promotores públicas e os ecologistas contra seu impacto negativo ambiental, social e econômico sobre a Ilha foi capaz de bloquear a avidez de políticos e empresários locais por supostos milhões de reais em negócios e impostos. A nova coalizão pela sustentabilidade já é parte da realidade brasileira.

*Doutor em Ciência Política pela Universidade de Connecticut,
Diretor de Market Analysis, Consultora de Opinião Pública.

Versão em portugués: Raul Fitipaldi.

Fonte: www.sambaquinarede2.blogspot.com