quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Teilhard de Chardin

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Paulo Freire


Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador brasileiro.
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
Para Freire (2000), consciência é o que define o homem, o que lhe confere dignidade e liberdade.
A consciência, condicionada, porém, pelas relações sociais e pelas relações materiais, é a base para a ação política transformadora.
É na prática social que o sujeito toma consciência de si; é na reflexão sobre sua prática que, consciente dos condicionantes sociais desta, o homem se organiza em função da construção de outra situação no mundo para si e para a coletividade.
“... houve um momento na minha vida de educador em que eu não falava sobre política e educação. Foi meu momento mais ingênuo. Houve outro momento em que comecei a falar sobre os aspectos políticos da educação. Esse foi um momento menos ingênuo, quando escrevi a Pedagogia do oprimido (1970).
No segundo momento, entretanto, eu ainda pensava que a educação não era política, mas que só tinha um aspecto político.
Agora eu digo que, para mim, a educação é política. Hoje, digo, que a educação tem a qualidade de ser política, o que modela o processo de aprendizagem. A educação é política e a política tem educabilidade”. (FREIRE e SHOR, 1986, p. 75-76).
O educador deverá trazer a realidade local, regional e nacional e global para trabalhar com a teoria e a prática em sala de aula, apresentar os devidos problemas, levantar soluções e possibilitar uma reflexão crítica sobre o assunto.
Freire (2000) trata do diálogo como sendo um privilegiado para a reflexão e para a tomada de consciência social e política.
“A relação diagonal, eminentemente intersubjetiva, assegura a realização humana e exclui as relações de dominação, sendo à base da construção da liberdade”.
O homem só existe, em sentido pleno, como sujeito que se relaciona com outros sujeitos.
O sentido de liberdade está em se colocar a serviço da prática social criativa e transformadora, em superar os condicionantes sociais da consciência humana.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Porque devemos desenvolver conceitos teóricos


Uma das características essenciais do ser humano é sua necessidade de compreender o mundo que o rodeia.
Se ele não conseguir organizar suas impressões do universo num quadro de referência compreensível, ficará amedrontado e ansioso.
Muito provavelmente esta necessidade se relaciona com sua necessidade básica de evitar o perigo e tornar seu ambiente um lugar seguro para viver.
O homem primitivo atribuía a destruição causada pelos temporais à cólera dos deuses.
Comparando a violência das tempestades à da cólera e identificando ou criando alguma força sobre-humana, sentia-se um pouco mais seguro.
Hoje sabemos que os temporais são causados por diferenças de pressão, temperatura e umidade das massas de ar, e este conhecimento é ainda mais tranqüilizador, porque agora podemos predizer, de maneira razoavelmente precisa, quando virão as tempestades, qual a sua intensidade e quanto tempo durarão.
Ainda as tememos, mas como as compreendemos melhor e podemos tomar precauções para nos defendermos, sentimo-nos mais seguros e menos ansiosos.
A pesquisa científica é um produto refinado e altamente desenvolvido da necessidade do homem explicar e entender o mundo a seu redor.
A aquisição do conhecimento reduz a ansiedade.
O medo desaparece quando o trocamos por conhecimento.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Atores da gestão ambiental pública


Instrumentos de Gestão Ambiental Pública são ferramentas úteis para a gestão territorial e de recursos naturais.
As instituições e órgãos legais operam os instrumentos de fiscalização e do licenciamento.
Conhecendo os instrumentos e as instituições que os operam é possível, por meio de adequada “acupuntura institucional” espetar agulhas em pontos sensíveis que façam circular as energias institucionais e desobstruam canais para a ação.
É preciso saber quem opera os instrumentos e se tem habilidades para usá-los.
É necessário capacitar gente para operar os instrumentos.
Essas pessoas devem ter conhecimento técnico, responsabilidade, motivação e compromisso.
Quem são os atores da gestão ambiental pública?
São:
Imprensa, Empresários, Associações, ONGs, Escolas, Centro de Pesquisa, Prefeituras, Governos Estaduais, Órgãos Federais, Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas, Congresso Nacional, Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário.
Todos estes atores têm atribuições referentes a instrumentos de ação e dispõem de recursos legais.
Uns podem aplicar penalidades e autorizar licenciamentos ou conceder alvarás.
Outros têm o poder de gerar conhecimentos, informar, denunciar ou alertar.
Quem aplica os instrumentos precisa ter perícia para tanto e estar motivado e compromissado em atuar de forma responsável.
Cidadão! Em qual categoria de atores da gestão ambiental pública você está?

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Política Nacional de Resíduos Sólidos


Política Nacional de Resíduos Sólidos
A regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu novas diretrizes para o tratamento do lixo e do material reciclável.
Os lixões estão com os dias contados. Todos os municípios brasileiros deverão se estruturar para reciclar os resíduos sólidos e destinar aos aterros sanitários somente os orgânicos.
O prazo definido como limite para que essas ações estejam vigorando por todo o país é de aproximadamente quatro anos, até 2014.
O Ministério do Meio Ambiente possui apenas 180 dias após a publicação do Decreto, feita em dezembro de 2010, para elaborar a proposta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
A implantação da logística reversa, prevista na PNRS, é mais um instrumento de desenvolvimento econômico e social. Através dela os rejeitos deverão retornar às empresas fabricantes, importadoras, revendedoras e comerciantes, para que tenham a destinação adequada e possam ser reaproveitadas. Existem seis casos específicos: pneus, pilhas e baterias, embalagens de agrotóxicos, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos.
As embalagens, dos mais diversos tipos, também são itens incorporados à logística reversa.
As cooperativas serão priorizadas na gestão dos resíduos sólidos, principalmente dentro dos planos municipais, levando em conta os catadores de lixo, promovendo a inclusão social.
Apesar de toda a preocupação com o tratamento adequado dos resíduos, a legislação tem como intuito incentivar empresas a adotarem procedimentos que causem menos impactos à natureza e à saúde humana.
A ordem de importância no processo é a seguinte: não-geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos.
E você vizinho, vai continuar misturando lixo orgânico com material reciclável?
A sociedade precisa deixar de se considerar um pólo de virtude e ver o Estado como a personificação do mal.

Conselhos de políticas públicas


Os Conselhos são uma forma de participação reconhecida pela Constituição Federal.
A Constituição Federal de 1988 torna o Conselho Gestor o espaço público jurídico-institucional por excelência de intervenção social planejada na formulação e implantação de políticas públicas.
Nestes espaços formais, todas as demandas são legítimas por princípio, prevendo-se canais de confronto e interpelamento democrático entre os projetos sociais, de modo a se construir alternativas viáveis e o mais inclusivas possível.
Fruto de uma longa transição de regime político, os Conselhos refletem a entrada em cena de novos atores sociais: movimentos sociais, associações e entidades profissionais.
Os Conselhos fortalecem a sociedade civil, que passa a ter acesso a informações sobre políticas públicas e influenciam e participam da formulação destas.
As demandas são percebidas nos setores que não possuem canais de expressão. Elas são orientadas por valores como solidariedade, equidade, respeito às diferenças e sustentabilidade.
Não se quer dizer que todos os componentes dos Conselhos são orientados por estes valores, até porque alguns deles são beneficiários deste processo de exclusão. Entre estes há interesses privativistas e mercantis, mas que podem ser explicitados na discussão pública e confrontados com demandas mais gerais, de interesse público.
Esta heterogeneidade na composição dos Conselhos aponta para a necessidade de criar uma retaguarda mais ampla na sociedade civil onde se possa construir consensos para balizar as posições das entidades que neles tem assento os quais devem ser os fóruns, frentes, redes de cidadãos, entidades e movimentos sociais.
Será que estamos usando adequadamente todos os instrumentos de gestão pública colocados a nossa disposição?

domingo, 16 de janeiro de 2011

O VOTO EFICAZ


Primeiramente precisamos estabelecer a diferença entre eficiência e eficácia.
Eficiência é gerar um efeito. Eficácia é gerar um bom resultado.
Quando você escreve para um jornal reclamando de algo você está sendo eficiente.
Quando você participa de alguma associação que vise mudar alguma situação não desejável, você está sendo eficaz.
Muitos eleitores votam como se fossem zumbis. Ao sair da cabine de votação dizem: - Pronto, cumpri com minha obrigação. Depois de algum tempo nem lembram em quem votaram. Não sabem que ali se inicia um processo importante para a nação. Devem se conscientizar que deram um aval para os candidatos que forem eleitos a fazer o que acharem melhor na condução dos poderes legislativo e executivo. O eleitor que vota está sendo eficiente. O eleitor que acompanha os atos do seu candidato e cobra resultados em favor de sua comunidade, seu município ou seu estado está sendo eficaz.
Como estabelecer a correlação direta de seu voto com a situação atual? É uma tarefa educativa que todos os participantes de associações deveriam empreender.
Com 724.682 eleitores, a Grande Florianópolis representa 16% do eleitorado catarinense. Nas últimas eleições para deputados, foi visível a redução da representatividade dos políticos da região. Entre as eleições de 2001 a 2006, a representatividade da região na Assembléia Legislativa caiu de 20% para 12,5%.
O fenômeno de pulverização dos votos é o que resulta em enfraquecimento de uma base social na hora de reivindicar algum direito. A comunidade deve escolher em quem votar, divulgando, para depois poder expressar suas demandas.
A escolha eleitoral, além de ter bases individuais, optando por alguém competente ou honesto, deve abranger a análise das posições políticas, ideológicas e programáticas que seus partidos expressam ou defendem.
Também é necessário ver se o escolhido tem a capacidade de articulação com temas nacionais. O representante de cada região ou estado deve apresentar e defender os respectivos interesses, mas com compreensão da totalidade e com uma visão abrangente e integrada dos problemas nacionais. A administração estatal, as políticas públicas e o planejamento do desenvolvimento requerem a compreensão articulada dos entes federativos, de suas necessidades e demandas.
Portanto, precisamos deixar de exercer uma cidadania imatura, que só reclama e espera que tudo caia do céu, para chegar a uma cidadania que assuma a responsabilidade da mudança para melhor da qualidade de vida de todos, a uma cidadania responsável.