quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Paulo Freire


Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921 — São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador brasileiro.
Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
Para Freire (2000), consciência é o que define o homem, o que lhe confere dignidade e liberdade.
A consciência, condicionada, porém, pelas relações sociais e pelas relações materiais, é a base para a ação política transformadora.
É na prática social que o sujeito toma consciência de si; é na reflexão sobre sua prática que, consciente dos condicionantes sociais desta, o homem se organiza em função da construção de outra situação no mundo para si e para a coletividade.
“... houve um momento na minha vida de educador em que eu não falava sobre política e educação. Foi meu momento mais ingênuo. Houve outro momento em que comecei a falar sobre os aspectos políticos da educação. Esse foi um momento menos ingênuo, quando escrevi a Pedagogia do oprimido (1970).
No segundo momento, entretanto, eu ainda pensava que a educação não era política, mas que só tinha um aspecto político.
Agora eu digo que, para mim, a educação é política. Hoje, digo, que a educação tem a qualidade de ser política, o que modela o processo de aprendizagem. A educação é política e a política tem educabilidade”. (FREIRE e SHOR, 1986, p. 75-76).
O educador deverá trazer a realidade local, regional e nacional e global para trabalhar com a teoria e a prática em sala de aula, apresentar os devidos problemas, levantar soluções e possibilitar uma reflexão crítica sobre o assunto.
Freire (2000) trata do diálogo como sendo um privilegiado para a reflexão e para a tomada de consciência social e política.
“A relação diagonal, eminentemente intersubjetiva, assegura a realização humana e exclui as relações de dominação, sendo à base da construção da liberdade”.
O homem só existe, em sentido pleno, como sujeito que se relaciona com outros sujeitos.
O sentido de liberdade está em se colocar a serviço da prática social criativa e transformadora, em superar os condicionantes sociais da consciência humana.

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