domingo, 29 de agosto de 2010

Contaminação por arsênio na Baía de Sepetiba RJ

Poluição na Baía de Sepetiba pode deformar peixes

Written by André Espírito Santo on janeiro 27th, 2010. Filed under Todas and .

Por – Daniela Dariano e Elcio Braga – O dia Online

Rio de Janeiro – Nem sempre o que cai na rede é peixe — pelo menos para o consumo humano. Exemplares com deformidades são cada vez mais comuns na Baía de Sepetiba, castigada por vazamentos de produtos químicos. O fato tira o sono de mais de oito mil pescadores na região. Em busca de melhores condições, começam a se deslocar para outras áreas. Viram refugiados ambientais. Em todo o Estado do Rio, 70 mil pescadores estão ameaçados pela poluição.

O biólogo da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio (Fiperj) Antônio Gomes capturou na região peixes com deformações:

“Há alteração no tamanho de olho, espécimes cegos e com protuberâncias que podem ser tumores”, diz. Segundo ele, que estuda conjunto das espécies de peixes —, ainda faltam trabalhos que relacionem poluição e deformidades. Mas acredita nesta explicação. “Os hábitos alimentares dos animais estão diferentes”, diz.

Produtos químicos como cádmio, zinco e arsênio vazaram da falida Ingá Mercantil em sucessivos desastres nos últimos 20 anos. A cada nova dragagem e com as obras de instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na Baía de Sepetiba, esses metais pesados, assentados no assoalho oceânico, são revolvidos. Se consumidos regularmente, pescados dessa região podem causar problemas digestivos e até câncer.

O Ministério Público Federal abriu inquérito civil público para investigar destruição de parte de manguezal e licenciamento irregular, concedido pela FEEMA, hoje (CECA) quando deveria ser dada pelo IBAMA. “Construíram ponte de concreto, com mão e contramão, avançando 4 km sobre o mar, sem pedir cessão à União”, diz o procurador Maurício Manso.

A situação é caótica também para o restante da categoria. São 70 mil pescadores com renda cada vez menor. “O petróleo cria zonas de exclusão. Na Baía de Guanabara só há 2 áreas liberadas”, critica o ambientalista Sérgio Ricardo de Lima. Hoje se pescam 10 toneladas menos que há 15 anos no estado.

Desde o vazamento da Petrobras, em 2000, Sebastião Alves de Lima, 52, vê minguar os caranguejos nos manguezais de Magé. Na década de 90, tinha barco grande e carro. “Pegava de 8 a 10 dúzias de caranguejos. Agora, ando o dobro para pegar 1 dúzias”.

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